• Goiânia, 03/09/2025
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Trombofilia: saiba reconhecer os sinais de alerta e reduzir riscos

Condição genética ou adquirida aumenta a chance de formação de coágulos; diagnóstico precoce e acompanhamento especializado são fundamentais


Trombofilia: saiba reconhecer os sinais de alerta e reduzir riscos

A trombofilia é uma condição que aumenta a predisposição do organismo para formar coágulos sanguíneos. Essa alteração eleva o risco de trombose e pode gerar complicações graves, como a embolia pulmonar. Estima-se que até 10% da população mundial apresente alguma forma leve da doença, enquanto as mais graves são raras, atingindo de uma a duas pessoas a cada 5 mil indivíduos.

Segundo o cirurgião vascular Dr. Rafael de Athayde Soares, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), as causas podem ser hereditárias ou adquiridas e acometem homens e mulheres em diferentes idades.


“Alterações genéticas, presentes em até 5% da população de pele clara, aumentam a tendência de coagulação excessiva. Já entre as causas adquiridas, destacam-se síndrome do anticorpo antifosfolípide, câncer, cirurgias, uso de anticoncepcionais, reposição hormonal, gravidez, longos períodos de imobilidade e algumas doenças autoimunes”, explica o especialista.


Gravidez e trombofilia: riscos e cuidados

Durante a gestação, o organismo aumenta naturalmente a capacidade de coagulação para reduzir hemorragias no parto. Em mulheres com trombofilia, esse mecanismo potencializa os riscos de trombose, hipertensão, descolamento da placenta e até perda gestacional.


“Em alguns casos, o uso de heparina durante a gravidez e no pós-parto é essencial para garantir a segurança da mãe e do bebê. O acompanhamento com hematologista ou obstetra especializado é indispensável”, alerta Dr. Rafael.


Quem deve investigar

A investigação da trombofilia é recomendada quando há:



  • coágulos antes dos 50 anos;




  • tromboses repetidas;




  • coágulos em locais incomuns (como cérebro ou abdômen);




  • histórico familiar;




  • abortos de repetição ou complicações gestacionais graves.



Sintomas de alerta

Alguns sinais exigem atendimento médico imediato:



  • inchaço repentino e doloroso em uma perna;




  • falta de ar;




  • dor no peito;




  • tosse com sangue;




  • dor de cabeça intensa;




  • visão turva;




  • confusão mental.



Durante a gestação, sangramentos e redução dos movimentos do bebê também são sinais de urgência.

Prevenção e tratamento

Entre as medidas preventivas estão:



  • parar de fumar;




  • manter o peso adequado;




  • hidratar-se bem;




  • praticar exercícios físicos;




  • movimentar-se em viagens longas;




  • usar meias de compressão;




  • seguir tratamento anticoagulante quando indicado.



O manejo depende do perfil do paciente. Jovens devem redobrar cuidados em situações de risco; gestantes precisam de medicamentos seguros e acompanhamento multiprofissional; já idosos exigem atenção ao risco de sangramento com o uso de anticoagulantes.

Nos últimos anos, medicamentos modernos vêm ampliando a eficácia do tratamento, especialmente em quadros graves, como a síndrome do anticorpo antifosfolípide.


“Trombofilia não é uma sentença. Com informação, diagnóstico precoce e acompanhamento adequado, é possível ter qualidade de vida e, no caso das mulheres, realizar o sonho da maternidade com segurança”, conclui o cirurgião vascular.


Sobre a SBACV-SP























A Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP) é a entidade oficial que representa médicos especialistas em angiologia e cirurgia vascular no estado. Sem fins lucrativos, a instituição promove educação médica continuada, apoio científico e conscientização da população sobre saúde vascular.




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