Inverno começa com alerta para aumento de casos de rinite e sinusite
Baixas temperaturas e ar seco favorecem crises respiratórias. Especialista orienta cuidados para evitar agravamento das doenças

Inverno começa com alerta para aumento de casos de rinite e sinusite
Baixas temperaturas e ar seco favorecem crises respiratórias. Especialista orienta cuidados para evitar agravamento das doenças
Com a chegada oficial do inverno no dia 20 de junho, o tempo seco e as temperaturas mais baixas típicas da estação acendem um alerta para o aumento de casos de rinite, sinusite e outras doenças respiratórias. Segundo a médica otorrinolaringologista Juliana Caixeta, essa combinação provoca o ressecamento das vias aéreas e facilita a entrada de vírus, bactérias e alérgenos, afetando especialmente pessoas com quadros alérgicos ou doenças crônicas.
“O tempo seco pode causar ou agravar doenças respiratórias, como rinite, bronquite, pneumonia e infecções nas vias aéreas superiores. São essas as principais causas de procura por atendimento médico nesta época do ano”, explica a especialista.
A rinite, por exemplo, afeta quase 40% da população brasileira, sendo uma das condições mais comuns nos consultórios durante o inverno. Já a sinusite, geralmente consequência de infecções virais ou bacterianas, pode se agravar se não houver tratamento adequado.
Como diferenciar rinite e sinusite
Embora ambas envolvam inflamação do sistema respiratório, rinite e sinusite afetam áreas distintas:
Rinite: inflamação da mucosa nasal, com sintomas como espirros, coriza, coceira no nariz e olhos, obstrução nasal e, às vezes, tosse.
Sinusite (ou rinossinusite): infecção nos seios da face, causando dor ou pressão facial, secreção nasal espessa, dor de cabeça, tosse e febre em casos mais graves.
Juliana Caixeta alerta que a rinite pode evoluir para sinusite, especialmente quando há obstrução nasal prolongada. “O acúmulo de muco e a dificuldade de drenagem criam um ambiente favorável à proliferação de bactérias”, afirma.
Tratamentos e quando procurar ajuda
O tratamento varia conforme a gravidade e causa dos sintomas, podendo incluir:
Repouso e hidratação
Lavagem nasal com soro fisiológico
Uso de descongestionantes e analgésicos
Anti-inflamatórios ou antibióticos (em casos bacterianos)
“Em casos persistentes ou de agravamento, é fundamental procurar um médico para o diagnóstico correto e o tratamento adequado”, reforça a médica.
Como se proteger durante o inverno
Para prevenir crises respiratórias durante o tempo seco e frio, a médica recomenda:
Hidratar-se bem, mesmo sem sentir sede
Usar umidificadores de ar ou recipientes com água nos ambientes
Evitar fumaça, poeira e produtos com cheiro forte
Manter janelas abertas durante o dia para circulação de ar e entrada de luz solar
Lavar nariz e olhos com soro fisiológico diariamente
Evitar roupas, cobertores e tapetes que acumulam poeira
Reduzir a exposição a ambientes com ar-condicionado
Evitar exercícios físicos entre 10h e 16h, período em que a umidade do ar tende a ficar mais baixa
Evitar aglomerações e locais fechados, especialmente com pouca ventilação
Usar máscaras em transportes públicos ou ambientes com muita gente
Manter a vacinação em dia, especialmente contra a gripe
Evitar contato com pessoas com sintomas gripais
Para pessoas com doenças respiratórias crônicas, é importante consultar o médico antes do inverno para ajustes de medicação e medidas preventivas específicas.
Dicas práticas para o dia a dia
A otorrinolaringologista também indica hábitos simples para aliviar os efeitos do tempo seco:
Beber bastante água ao longo do dia
Usar panos úmidos ou baldes com água nos cômodos, especialmente durante a noite
Evitar carpetes, cortinas e roupas de lã ou com pelos
Lavar as narinas e os olhos com soro fisiológico
Preferir alimentos leves e com pouco sal
Garantir noites de sono de qualidade e manter uma alimentação saudável
“Ao perceber os primeiros sintomas, é essencial procurar orientação médica. O diagnóstico precoce ajuda a evitar complicações e melhora significativamente a qualidade de vida durante o inverno”, finaliza Juliana Caixeta.
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